quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

7º Ensaio - Apanha que é ASSASSINO!!!!

Meus Queridos Amigos, e demais leitores,

Portanto…
Que há gente muito idiota não é surpresa nenhuma, nem para os moderadamente idiotas. Que há gente indescritivelmente idiota, também não é das coisas mais surpreendentes, todos os dias ouvimos falar deles (na secção de política do noticiário).

Mas que haja gente com tal grau de idiotice que ultrapassa os limites da legalidade e da moralidade…
Eu costumo colocar os assassinos em série nessa categoria, mas essas são geralmente pessoas com psicopatologia grave, cuja etiologia para tal comportamento é psicopatológica (perturbação mental), normalmente causada por em experiências patológicas / traumas / condicionamentos durante o crescimento e desenvolvimento cognitivo, que resultaram em processos mentais atípicos e sem noção do socialmente aceite, moral, ético ou de empatia… Mesmo que pareçam pessoas bem formadas e inteligentes - porque muitas vezes até são.
As pessoas de quem eu pretendia falar (na realidade preferia não ter de falar/escrever sobre estes energúmenos) atingem um cúmulo que ultrapassa qualquer definição de idiotice possível – são na realidade criminosos com um sentido de moralidade e de justiça distorcidos, que procuram “igualdade social” a todo o custo ao contrário do que é ético - diria mesmo, do que é humano - e com uma lógica invertida que me faz pensar se não são mesmo "doentes mentais"...
Por alguma razão, o simples facto de serem portadores de uma doença crónica deve-lhes ter baralhado os miolos (portanto, já não deviam ser bons da cabeça para começar, porque isso não é efeito directo da doença).
Vejo esta "gente" como potenciais assassinos em série, só falta mesmo o consumar das mortes para o serem. (podia ser novo texto sobre os anti-vacinação, mas não...)
 

Passo a explicar: parece que virou "moda" no Brasil um conjunto de pessoas infectadas com HIV dar dicas na internet sobre.... COMO INFECTAR OUTRAS PESSOAS! Ou em bom brasileiro, "carimbar"!
Agora digam-me: QUE RAIO DE M£RD@ É ESTA????!!!!
MENTECAPTOS, IGNORANTES, PSICOPATAS, ASSASSINOS, C@BR#ES, COBARDES!!!!
Acham que é assim que se vê com menos preconceito a SIDA?
Acham que isto não vai pelo contrário até causar mais preconceito sobre a doença e os homossexuais?!
Acham que é uma gripezeca que passa com o tempo que não faz mal a niguém? Que podem F#D£R a vida de uma pessoa só porque... porque... porque são EGOISTAS, PRECONCEITUOSOS, PSICOPATAS, INVEJOSOS, COBARDES!!
É a mentalidade: se eu tenho e vou sofrer com isto todos os outros também têm de sofrer???!!!
 
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRGGGGGGGGHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!
 
(respira fundo, calma...
1...
2...
3...
4...
5...
6...
7...
8...
9...
10...)
Agora mais a sério.
 
O Clube do... (respira) Carimbo felizmente só existe no Brasil, mas é de relembrar que há muitos portugueses que viajam para o Brasil com intenção de se... divertirem. Independentemente de se tratarem apenas de homossexuais com estas práticas não implica que se tomem as medidas de protecção adequadas, homem ou mulher, homossexual ou não.
E para os mais radicais que leiam a notícia, relembro que não deve ser generalizada a idiotice descrita para a comunidade homossexual. Mesmo que não se organizem num grupo específico para o efeito, há vários relatos e histórias de pessoas que decidem infectar propositadamente parceiros, independentemente da preferência sexual.
Em Portugal, isto é crime! É uma das situações que obriga a informar os/as companheiras dos infectados/as independentemente do sigilo médico, porque este deixa de se aplicar no momento em que é colocada em risco a vida de terceiros.
Espero que as autoridades policiais do Brasil prendam todos os instigadores do "Carimbo" e os seus praticantes....
 
C@BR#£S do C@R(biiiiip)!!!!
 
(detesto insultar pessoas, mas quando é verdade não é bem insulto, é... caracterização)
 
Disse!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

6° Ensaio - Anti-vacinação - estratégia de controlo populacional

Meus Queridos Amigos, e demais leitores,

Antes de mais nada, vou puxar pelos galões.
Não que sirvam de muito, porque não sou imunologista, nem bioquímico, nem epidemiologista… sou médico. E como médico, principalmente médico de família, tenho um pouco de imunologista, um pouquinho de bioquímico, um pouco mais de epidemiologista.

Mas o que tenho mais é de médico e cientista: tento tratar e orientar o melhor possível os meus utentes (porque nem todos são doentes) considerando os meus conhecimentos clínicos e a evidência científica existente sobre variados assuntos de múltiplas áreas. Mas se não sei o suficiente sobre algo, pesquiso ou referencio, tenho a humildade (diria antes que é uma questão de competências) de saber que não sei muito e precisar que quem sabe e estudou me diga o que deve ser feito.

Confiem em mim, no entanto, quando digo que de vacinação e crianças não sei assim tão pouco. Tenho de saber, como médico, já não digo de família (que inclui ter um pouco de pediatra), quais os mecanismos imunológicos e bioquímicos que justificam a vacinação. E tenho de compreender (não apenas saber) porque é que um dos mais importantes feitos, senão o maior feito, da medicina e um dos que teve maior impacto na saúde pública, na redução da mortalidade infantil e na qualidade de vida de que beneficiamos foi a vacinação.

Mas precisamente por ser médico nutro de um preconceito visceral (admito) contra as pessoas que acham que sabem mais que os médicos e cientistas que dedicaram as suas vidas ao longo de dezenas de anos no desenvolvimento de novas vacinas, com sucessos e erros pelo caminho, para tentar melhorar as condições de vida das populações e prevenir doenças potencialmente fatais ou com complicações graves e limitativas. Diz-se que de médico e de louco todos temos um pouco, mas essa gente é muito mais louca que médica.

Talvez seja porque, pelo que estudei e pesquisei, e vi, compreendo quanto é ÓBVIO que a vacinação é importante. Pode não ser óbvio para todos, mas se querem argumentar, procurem saber mais antes de arriscar a vida de uma criança. Ou perguntem e aceitem os conhecimentos e competências de quem sabe. Como eu faço!

Argumentos utilizados para não vacinar terão resposta(s) à altura:

Argumento 1: As vacinas são uma invenção das farmacêuticas para obrigar as pessoas a gastar dinheiro e não têm qualquer efeito, ou este não é significativo na prevenção de problemas graves

Resposta 1.1: Era uma vez um tempo em que não havia vacinas, e todos os anos morriam milhares de pessoas vítimas da varíola na Europa (senão mais) e muitas mais no resto do mundo. Um certo cientista, muito observador, verificou que as pessoas que tratavam de vacas infectadas por uma variante bovina da varíola (cowpox) sofriam uma doença muito leve e sem sequelas, e depois não apanhavam varíola (chickenpox) nem em contacto próximo com pessoas infectadas. Depois de vários testes eticamente reprováveis hoje em dia, mas que na altura eram a única coisa que se podia fazer, verificou que todas as pessoas inoculadas com um pouco do pus das vacas infectadas ficavam imunes à varíola! Resultado: nasceu a vacina da varíola que foi tão eficaz que levou à erradicação total do vírus! Portanto, as vacinas não servem para nada…

Resposta 1.2: Só quem nunca estudou o assunto é que acha que as farmacêuticas ganham alguma coisa com vacinas… É bem conhecido que a vacinação é das coisas menos lucrativas que as farmacêuticas vendem, e algumas até dão prejuízo. Boa parte do lucro que algumas obtêm, que é escasso, vem de operações financeiras, apoios externos e fundos das sociedades médicas e estados. Não quer dizer que algumas vacinas não estejam estrategicamente dirigidas para ser lucrativas, mas geralmente são as que têm fraca evidência de utilização ou dirigidas a doenças pouco problemáticas (e por isso ausentes do PNV da maioria dos países).

Argumento 2: É muito pequenino, faz mal vacinas tão cedo e para já não vai contactar com vírus…

Resposta 2.1:










Resposta 2.2: As vacinas devem ser dadas nos momentos de vacinação para maior protecção da criança, uma vez que determinadas doenças podem causar infecção na criança muito cedo, e outras precisam de várias doses tomadas em intervalos de segurança para ter eficácia preventiva.
A maioria das vacinas só têm indicação para ser dadas mais tardiamente ou não ser dadas de todo se houver contraindicações muito específicas, normalmente relacionadas com coexistência de doenças graves. Outras podem mudar a sua data ideal de inoculação no PNV consoante os resultados obtidos com a sua aplicação na população. O seguinte exemplo pode ser também resposta ao argumento 1:
  • A vacina contra o meningococo C, que causava meningite em crianças de todas as idades, levou a uma redução brutal do número de meningites causadas pelo meningococo C, de tal ordem que, à medida que a vacina se generalizou pela população, os números de infectados era tão baixo que a probabilidade de uma criança pequena não imunizada ser infectada era mínima – é o efeito de imunidade de grupo. Isto levou a que a vacina deixasse de ser em múltiplas doses desde os 3 meses para ser feita aos 12 meses em dose única, o que mantém a imunidade de grupo e individual, uma vez que a vacina foi tão eficaz.
  • Mas se de repente muitas pessoas se lembrassem de não vacinar, a probabilidade era de se perder essa imunidade de grupo e ter de se vacinar as crianças pequenas. Foi o que aconteceu com a questão da vacina do sarampo nos EUA (dada aos 12 meses).

Resposta 2.3: ESTAMOS SEMPRE EM CONTACTO COM VIRUS, BASTA RESPIRAR PARA CIMA DA CRIANÇA PARA LHE PASSAR UMA MIRIADE DELES TODOS DIFERENTES!!

Argumento 3: Compreendo tudo, mas se os outros são vacinados o meu não precisa, por causa da imunidade de grupo. Depois se precisar das vacinas para ir para a escola faz todas nessa altura.

Resposta 3.1: ver resposta 2.1

Resposta 3.2: A imunidade de grupo funciona para a maioria das doenças mas não todas. Há doenças que infectam as crianças directamente, mesmo sendo a maioria da população vacinada (ex: tétano), ou aumentam a probabilidade de mais tarde ter a doença, porque o “bicho” é ubíquo (ex: tuberculose – vacina BCG); além disso, se houver meia dúzia de mães a pensar assim numa creche, acabou-se a imunidade de grupo nessa microcomunidade em contacto próximo – bastaram 2 miúdos não vacinados mais velhos e uns bebés que ainda não eram vacinados pela idade para quase uma dezena de casos de sarampo nos EUA (verificar números, estou a ditar de cabeça) – ver ainda resposta 2.2

Argumento 4: As vacinas causam doenças como o autismo, asma… os efeitos secundários são graves.

Resposta 4.1:
a) Habitualmente um argumento usado por mentes (des)informadas com mania que são mais espertos que os outros, e que conhecem "muito bem" estudos científicos. 100% das vezes são pessoas que não compreendem como funcionam estudos e só lêm o título do artigo e a linha que diz "Conclusões", e generalizam "resultados" para uma vacina a todas as vacinas - do tipo: morrem mais pessoas nos acidentes de mota, por isso não vou sequer andar de carro, metro ou autocarro, muito menos bicicleta! Então avião ou comboio nem se fala! Qualquer dia nem saio de casa...

b) Os estudos que mostram relação entre o autismo e as vacinas ou são fraudes já comprovadas (como a da vacina do sarampo e rubéola - o homem queria vender uma vacina alternativa que ele fez!) ou são estudos de pequena dimensão (não representativos da população) e não prospectivos (ver explanação do conceito no fim: #), e/ou a associação ou é causada por viéses, como o de selecção dos grupos ou casos (viés é como se fosse um erro na execução que pode interferir com o resultado do estudo), ou equivalente à população em geral (logo não se pode dizer que haja causalidade, já que ocorre com a mesma frequência na população), ou com amostra muito escassa para ser extrapolável.

Os estudos que mostram associação com doenças graves estão carregados de viéses e/ou conflitos de interesse. Os poucos estudos que mostram algum problema importante com vacinas, que estejam bem feitos e sem viéses significativos referem-se quase sempre a vacinas ainda não aplicadas em larga escala (em fase de estudo ou ainda não incluídas em PNVs), e tal resulta ou numa alteração da aplicabilidade da vacina (relativa à idade de inoculação ou às indicações para tal) ou à remoção dessas vacinas no mercado, conforme a natureza e gravidade do problema.

As vacinas incluídas ao momento na maioria dos PNVs europeus e americanos (não conheço os outros, que têm vacinas diferentes) estão bem estudadas e os efeitos adversos conhecidos resultam num índice risco-benefício baixíssimo (ou seja benefício muito superior ao risco). Veja-se o caso da vacina contra o HPV, que teve meia dúzia de casos de “reacções” graves, mas que não se conseguiu atribuir causalidade, e que não se repetiu com a mesma frequência à medida que a vacina foi sendo distribuída mundialmente. O risco de fazer a vacina é MUITO inferior ao de ter cancro no colo do útero ao não ter feito a vacina. Considere-se que apesar de o risco de cancro reduzir muito, não é 100% eficaz, mas a redução do risco é brutal, fazendo com que a vacina aliada à colpocitologia habitual pode prevenir quase totalidade dos cancros do colo do útero causados por HPV (o que também responde ao Argumento 1).



Muito mais haveria a dizer, meus queridos amigos, sobre a idiotice de certas pessoas que preferem arriscar uma doença grave numa criança do que arriscar um efeito adverso que é muito mais raro ou até inexistente (seja qual for o efeito adverso que estejam a falar).

Dizem-me: temos o direito de escolher, e eu digo, ninguém vos tira o direito de fazer escolhas idiotas, mas por favor não as façam pelos vossos filhos.

Podem baptizá-los na cientologia, inscrevê-lo como sócio do Benfica assim que nasce, ensinar-lhe que o evolucionismo é uma treta e viva o criacionismo, mas por favor, quanto à saúde, sejam conscientes, não arrisquem, vacinem a criança!

(a não ser que queiram fazer controlo populacional, nesse caso levem essas ideias de não vacinar ao governo chinês que eles agradecem)

Disse!


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# - Para quem não sabe os estudos prospectivos são estudos realizados ao longo do tempo em 2 grupos de razoável e equivalente dimensão, em que um faz uma determinada terapêutica e outro não, e vai-se ver qual a ocorrência de um problema em ambos os grupos para calcular a associação e apurar ou não causalidade. Os estudos prospectivos, ou de coorte, são os únicos que podem apurar causalidade. Devem ser aleatorizados (ambos os grupos foram formados de forma aleatória para serem homogéneos, sem diferenças de características que possam influenciar o resultado) e de preferência ensaios duplo cegos, ou com dupla ocultação (ou seja, ninguém, nem médico que recolhe os resultados nem participante do estudo, sabem inicialmente quem está a fazer o medicamento, só no fim, o que implica uso de placebo, no caso das vacinas seria uma vacina de soro, provavelmente). Só um estudo com estas características é usado como "prova" de causalidade, e é mais forte quanto mais estudos semelhantes comprovarem o mesmo.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

5º Ensaio - Estrangeirismos que são estúpidos!

Meus Queridos Amigos,

A mudança dos aspectos gráficos e fonéticos da linguagem, assim como das expressões utilizadas, depende fortemente não só das origens etimológicas e fonéticas de uma língua, como do contexto cultural em que se insere. Logo, é normal que a linguagem tenha de evoluir, e a gramática e ortografia necessitem de revisões regulares para integrar no que é considerado, no nosso caso, português novas palavras ou expressões, ou classificá-las apenas como estrangeirismos.

Até aqui tudo bem! Outra coisa é fazê-lo estupidamente sem consideração pelas regras da fonética e função das letras nas palavras, ou pela origem etimológica das mesmas. Daí que este Blog esteja em Desacordo Ortográfico. Mas disso falarei depois.

Vamos antes a algo que me irrita fortemente e que não tem a ver com o AO, mas com questões de ignorância cultural.

Antes de iniciar, um aviso: eu uso habitualmente palavras em inglês para me referir a coisas, situações ou características que são ou melhor descritas nessa língua, ou não existe expressão em português com o mesmo significado ou impacto, ou não me lembro delas. E porque na realidade quase podia ser bilingue verdadeiro, por ter proficiência em inglês (por vezes até penso em inglês). O que me chateia não é usar expressões em inglês nas frases, se justificadas, é o estrangeirismo de algo que existe já em portugês que não tenha razão de ser feito!

Passo a explicar com um exemplo mais óbvio (apesar de existirem mais) e que recorrentemente me irrita saído de boca de pessoas até com alguma cultura e educação - a estupidez da palavra mídia (arghhh!) Ora bem, a palavra mídia começou a ser usada como um aportuguesamento da palavra "media" em inglês que se lê dessa mesma forma, e segundo algumas fontes teve origem no Brasil. O estúpido é que a palavra "media" em inglês é por si uma absorção da palavra latina "media", que se lê "média", e que em português já existe como - pasmem-se - media ou média (conforme uso ou palavra), ou seja igual ao original de onde surgiu e de onde foi criada a palavra "media" inglesa, cuja única diferença é a pronúncia.

Por isso, porque raio se absorveu um estrangeirismo de uma palavra latina que já existe em português?

Isto é como comprar e deformar ainda mais um produto já usado e modificado a ingleses, que por sua vez o compraram originalmente no mesmo sítio onde é possível comprar o mesmo produto directamente sem intermediários, original e novo. Que negócio estúpido, mais vale comprar directamente à origem!

Faz-me uma comichão ouvir jornalistas e "gente de bem" (ou que se consideram como tal, porque usam estrangeirismos) dizer "mídia"!... É o cúmulo da imitação da lingua inglesa e do denegrir da língua portuguesa, só porque soa fixe! É pior do que o AO!
E depois dizem multimédia, ao menos decidam-se e escolham uma pronúncia!

Disse!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

4° Ensaio - Homeopatia? Ciencia não é certamente! E a Fé não funciona assim...

Meus Queridos Amigos,

Raios que hoje foi um dia mau...

Chiça, hoje houve dos chatos e dos simpáticos, mas o PC lento aliado às listas intermináveis de medicação para pôr no PEM e problemas para resolver, além dos "já agora" de quase todos... ufff...

Bom, tema do dia: fé ou ciência?

Tema quente do momento, a julgar pelos posts do FB e dos artigos de jornal e debates nas tardes da Fátima Lopes - a Homeopatia.

Trata-se de um não tema, uma vez que os defensores da homeopatia tentam defender que é uma ciência e está provada cientificamente.... Claro que está - comprovado que não funciona! Ou melhor, que não existe!

Os argumentos são sempre os mesmos, e único artigo "científico" onde se baseiam tem o mesmo problema do único artigo que "mostra" uma relação entre vacinas e autismo - é uma fraude mais do que desmascarada!
Aliás, esta é a grande semelhança entre a homeopatia e o problema da vacinação, ou melhor da não vacinação: ao contrário do que um certo escritor de coluna do Público diz, a homeopatia é semelhante não à vacinação, mas à mania da não vacinação - é baseada em pressupostos não comprovados e mesmo comprovadamente descreditados.

Mas não pensem os leitores que sou enviesado pela minha mentalidade médica e científica (como se isso fosse um possível viés ao julgar algo alegadamente científico).
Pelo contrário, em 2 pontos:

  • se a homeopatia é uma ciência ou baseada em pressupostos científicos, como dizem, devia esta minha mentalidade encontrar argumentos que a apoiassem, mas nenhum verdadeiro cientista no mundo encontrará...
  • se a homeopatia não é suposto ser apoiada pela ciência actual, então é uma questão de fé ou espiritualidade ou energética ou paranormal (ou combinações destas), e baseada em pressupostos não científicos em princípio, à semelhança do Reiki - mas na realidade não parece ser e não tem razão para o ser - e se fosse, estava a enganar os seus clientes a dizer não era


E não me entendam mal, pois nada tenho contra medicinas alternativas de carácter espiritualista e/ou energético, com pressupotos não científicos, como o Reiki, cristaloterapia ou outros do género (para quem não sabe, sou reikiano), ou contra medicinas alternativas cujos pressupostos são baseados na ciência apesar do seu surgimento em teorias não apoiadas pela ciência actual (como a acunpuctura, que tem efectivamente comprovação científica de eficácia em algumas áreas, principalmente a electroacunpunctura - para quem não sabe a medicina chinesa nasceu de algo muito proximo do método científico).

Tenho é um problema com os que vendem algo que fazem passar como científico, mas que, para além de ser uma treta de todo o tamanho, ganham milhões com venda de água a crédulos, aproveitam-se do efeito placebo e do carácter auto-limitado de algumas doenças para isso.

Ao menos digam que a água está cheia de partículas de cura energéticas transmitidas a água normal através da superdiluição de uma água especial benzida pelo Papa! Traziam um frasco dessa água realmente benzida, misturavam com 100 litros de água, e vendiam frasquinhos de 10 mL a 10€ cada! Era mais honesto!

E quem vende homeopatia ou é um sacana mentiroso ou um crédulo ingénuo a roçar o fervoroso crente religioso em algo que acredita não ser questão de fé mas algo científico! Alguém lhe tire as palas de burro! Pensem! Ser científico é duvidar sempre!

Como disse, a homeopatia é uma não questão porque além de não tem efeitos comprovados cientificamente, tem impossibilidade de efeitos comprovada cientificamente, pelo menos através do mecanismo de acção de base molecular (ou "amolecular") que alega.

Desculpem os crentes, mas um chá de camomila e funcho tem mais efeito nos nervos e tosse, respectivamente, do que a água homeopática... poupem dinheiro! Vão precisar para medicamentos quando precisarem realmente de ajuda farmacológica, ou para pagar ao massagista, ou mesmo ao terapeuta de Reiki...

Disse!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

3° Ensaio - Reflexão sobre a vida

Para quem ainda tem dúvidas se estou a encher chouriços enquanto não escrevo algo de jeito, deixo um texto sobre a idade e o futuro da vida. Continuo a rever-me em muito do que escrevi, mais ainda pela minha experiência enquanto médico.

É o último texto antigo, prometo, a partir de agora é sempre a avançar!

Publicado no blog "CCC" em 07/01/2010

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Hoje um homem disse-me: "É verdade que somos bebés duas vezes: quando somos nascidos, não sabemos nada, temos de aprender a temos de usar fralda e de ser ajudados a comer e em tudo, irritamo-nos, não sabemos ainda pensar, falar, andar como deve ser; quando envelhecemos volta-se a ser bebé..." ou qualquer coisa assim parecido (o homem foi sucintamente explícito de forma que não sou capaz). Realmente nunca tinha pensado bem nisso, apesar de ser bastante óbvio... Somos bebés 2 vezes... Reflictamos um pouco... hmm... bom, na verdade o homem tem alguma razão... no fim, no fim, todos voltamos para dentro de um buraco... Agora a sério, acho que ignoramos geralmente a fragilidade e imprevisilidade da vida, e o mundo de hoje desenvolveu-se com base nesse viés. Mesmo para os sortudos, estamos todos a caminhar para bebés... ou serão sortudos os que lá não chegarem? é a última infância uma consequência final da busca incansável pela maior longevidade possível? E isso é bom?... ou mau?... ou estas questões quedarão eternamente sem resposta até decidirem fazer renascer um homem da própria célula de que morreu, para que a morte não seja mais do que um intervalo enquanto o computador analisa os dados e o ovo é implantado numa incubadora de produção em série?... Faz-me pensar em Brave New World, um dos grandes livros sobre a ética da clonagem e selecção artificial e tecnológica humana. Mas isso é outro assunto... Desculpem lá isto, não tava assim tão inspirado afinal...

2º Ensaio - Táz a ver ist', ó mén?! - versão 2.0

O texto seguinte é interessante por se aplicar actualmente.
Publicado originalmente no blog "CCC", a 04/01/2010 com o título acima descrito, deve-se ter em conta que o FB nessa altura ainda não tinha a dimensão que tem hoje, e o Bloguismo é que 'tava a dar! De qualquer forma o que se aplica aos blogs, aplica-se de uma forma geral (e se calhar ainda mais evidentemente) ao FB, e o que se aplica aos seus utilizadores, a mim se aplica também.

Por isso, ler o que escrevi e olhar para o meu FB... chiça mudei mesmo! Sou um dos que não tem mais nada que fazer... Bom fica a reflexão sobre a reflexão mais antiga... Paciência! Quem concorda?

(entenda-se que ao publicar textos antigos estou mais a "encher chouriços" que outra coisa, ou seja, a encher espaço para parecer que o blog já tem muita coisa para ler....)

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O meu primeiro "rant" tinha de ser absurdo. Mais absurdo do que começa com um título tão estúpido é o texto não ter nada a ver. Mais absurdo ainda é o texto em si... O meu "rant" é mesmo contra os blogs... Absurdo?... Yap! Ya e tal é fixe, "publishar" cenas na net e esperar que algum marado que não tem mais nada para fazer decida mesmo fazer zapping virtual a ver o que 'tá a passar na vida dos outros... e por acaso, olha deu em gostar desta cena e ficar a cuscar! Sempre me fez um bocado de confusão esta cena dos blogs... Não que não compreendesse que a mórbida mania de toda a gente se meter na vida dos outros a cuscar e comentar (que, pela projecção mundial que foi, descobri que não era exclusiva dos portugueses), mas porque é que raio é que alguém no seu perfeito e são juizinho anda a perder tempo com um diário que toda a gente pode ler? E depois falam do Big Brother virtual e dos ataques à privacidade quando se fala em meter câmaras na rua... Fala-se em falta de confiança e baixa produtividade, em crise e desemprego... Quem escreve em blogs deve ter é muita confiança, que a humilhação pública não os afecta, ou grande narcisismo para achar que imensa gente vai adorar a sua escrita e glórias do dia a dia... ou não tem mesmo mais nada para fazer... Mas 'tou para aqui a falar e já por 2 vezes me impingiram blogs, e cheguei a criar outro... Não deu... Não me pegou o "bichinho" de que tanto falam, nem tinha tempo para tonteiras. Até porque ninguém ligou puto àquilo! E se o leitor, se algum houver, indaga sobre a razão da minha participação no mundo louco sobre o qual me debruço com um martelo na mão, respondo duvidando da minha própria credibilidade: há blogs e blogs, reconheço até alguns muito bons, rivalizando com colunas jornalísticas, e nunca sabemos as razões de quem os escreve e de quem os lê. Como diria a muito versada no português "terráqueo" (AKA "da terrinha") Manuela Ferreira Leite, a minha razão é os meus amigos! Absurdo?... Not! Bem haja e bom zapping! (até acho que 'tou a gostar mais disto...)

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(refira-se que, no caso do Blog actual, a minha razão é a minha sanidade mental...)

1º ensaio

Muito bem, ora começamos.
Pois saibam que não vou ter papas na língua. Os pseudo-"Charlies" do mundo que façam jus ao seu pseudo-título e não me chateiem. Os restantes que queiram discutir de forma civilizada e respeitadora, façam favor que terei muito gosto.

Para que é este Blog?

Já tive um blog antes, e mal o usei, e já participei no de outro amigo, e pouco postei...
Provavelmente vai acontecer o mesmo com este...
De qualquer forma, pensei que não seria má ideia em desabafar aqui em vez de no FB, sempre que tiver algo para dizer.

Irei começar por repôr posts feitos noutro blog onde participei há uns anos, que me parecem ainda relevantes. Esse blog ("CCC"), não sendo meu, já não é actualizado há anos, por isso reservo-me ao direito de "repostar" os meus próprios textos.

Bom, de volta ao trabalho, faltou uma utente, mas a outra veio, está na hora.